terça-feira, 12 de julho de 2011

"Os últimos cruzados" de Barnaby Rogerson


O livro começa com a aventura portuguesa em Marrocos e a transformação de Portugal numa nova potência no séc. XIV. Fala-nos sobre as conquistas das várias praças marroquinas assim como da exploração marítima até à Índia. E as suas consequências ao desequilibrar a balança comercial no Mediterrâneo.
Desta forma, vai apresentando os diversos países mediterrâneos e as intrincadas relações entre si. A reconquista de Constantinopla por Mehmet, sultão otomano. A reconquista espanhola e os reis católicos. Os diversos xarifes, xeques, sufis, sultões e contrabandistas marroquinos na luta contra Portugal. Espanha e Carlos V. França e Francisco I. Da sereníssima Republica (Veneza) aos corsários do Norte de África. O império Otomano, os seus sultões e as sãs relações, tanto com os vizinhos europeus, assim como os vizinhos Safávidas xiitas da Pérsia. Da influência do Vaticano à ordem dos Cavaleiros de São João com as suas ilhas, primeiro de Rodes, depois de Malta na luta conta a fé islâmica. A batalha de Lepanto que destruiu a armada otomana e o fim das suas expansões mediterrâneas
Para o fim o autor guardou a batalha conhecida como a batalha dos Três Reis. De um lado, D. Sebastião, e todos os melhores homens de Portugal, com o apoio do sultão Mohamed el Mutawakhil, que tinha sido deposto pelo homem que ira vencer esta batalha, o sultão Abdul Malik.

De 1415, com a conquista de Ceuta por parte dos portugueses, ate 1581, em que morre o cardeal-rei D. Henrique e Filipe II herda o trono de Portugal foram mais de 150 anos de guerras contínuas em todo o mediterrâneo. Conquistas e derrotas para todos os intervenientes. Avanços e recuos. Milhares de vidas ceifadas pela ambição de todos os reis ou sultões. A única situação que era estável, era o comércio, independentemente de quais as mãos que o realizassem. Foi ele que motivou as descobertas e as inúmeras guerras pelo seu domínio.

“Para te preparares para o futuro, examina o presente. Para compreenderes o presente, estuda o passado” – William Ward

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