quarta-feira, 20 de julho de 2011

"O último livro" de Zoran Zivkovic

Apenas uma manhã chegou para ler “O último livro.” Nenhuma distracção conseguiu desviar o desejo de continuar a ler. Apenas as vidas do inspector Dejan Lukic e de Vera Gavrilovic, proprietária da livraria, eram importantes.
É uma leitura fácil, fluída. Muitos diálogos. Poucas descrições. Acção e um certo humor negro. É um policial que se destaca por não ter sangue, apesar de algumas mortes.
A história desenvolve-se em poucos cenários. Uma livraria, a Papyrus. Um hospital, mais concretamente o serviço de medicina legal. Uma esquadra. E um salão de chá.
Três mortes acontecem num lugar inimaginável. Na livraria Papyrus. Temos os mortos, as duas proprietárias da livraria, os clientes e a polícia. E um rasto de nada. Nem sangue. Nem arma. Nem sequer um fio de cabelo do assassino.
Nesse rasto, de nada, aprofundamos a vida de algumas personagens e da livraria. E vamos desvendando um segredo. A cada morte, o nada se revela maior. Conduzindo-nos a um fim inesperado.

“ – Mas ele morreu? – e hesitei alguns segundos. – Não é verdade?
- De facto, sim. Ele está bem morto. Se não estava quando o trouxemos, duvido muito que tivesse sobrevivido à autópsia.”

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